Mais Moedas na Mesa: A Decisão da Chilli Beans e a Nova Dinâmica do Comércio Internacional
- Royal Partner
- 12 de ago.
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Atualizado: há 6 dias
A Chilli Beans anunciou que passará a pagar parte de seus fornecedores chineses diretamente em renminbi (yuan), ampliando o uso de moedas fora do circuito tradicional dólar-euro. O movimento reflete uma tendência cada vez mais visível no comércio global: a diversificação das divisas utilizadas em negociações internacionais.
Para o importador, isso significa abrir novas janelas de oportunidade. Em determinadas operações, negociar e liquidar diretamente na moeda do fornecedor pode trazer maior agilidade na liquidação, redução de custos e menos etapas intermediárias no processo cambial.

Câmaras de liquidação e a eficiência no fluxo de capitais
Entre os mecanismos que têm viabilizado essa tendência está o CIPS (Cross-Border Interbank Payment System), sistema de pagamentos interbancários transfronteiriços que conecta instituições financeiras na China e no exterior. O CIPS permite que transações sejam liquidadas diretamente em yuan, sem a conversão prévia para dólar, o que pode reduzir prazos, minimizar custos e otimizar o fluxo de capitais entre Brasil e China.
Essa não é uma substituição do dólar, muito pelo contrário. O dólar segue sendo a principal moeda de referência no comércio internacional. O que observamos é a formação de acordos bilaterais e também acordos estratégicos com blocos econômicos, firmados com base em interesses mútuos, para facilitar a relação comercial entre países ou regiões com forte integração econômica. Esse movimento faz parte de uma nova dinâmica global, em que o comércio internacional passa a adotar um conjunto mais amplo de moedas e modelos de liquidação, com o objetivo de ganhar eficiência, reduzir riscos e ampliar as opções disponíveis para que países e empresas escolham a forma de pagamento mais adequada a cada negociação.
Por que o importador deve considerar novas divisas
Adotar moedas como o yuan em determinadas operações pode oferecer:
Liquidação mais rápida, com menos intermediários no processo;
Redução de custos, evitando conversões adicionais e spreads desnecessários;
Fortalecimento da relação com o fornecedor, mostrando alinhamento e flexibilidade;
Diversificação cambial, reduzindo a dependência de uma única moeda;
Mitigação de riscos de sanções, já que modelos como o CIPS não envolvem bancos americanos ou europeus, reduzindo a exposição a restrições ligadas ao uso da moeda americana, ao governo dos Estados Unidos ou a sistemas da União Europeia.
A visão da Royal Partner Câmbio
Na Royal Partner Câmbio, acreditamos que o papel do dólar continuará central no comércio internacional, mas também enxergamos valor na abertura a novas divisas e tecnologias de pagamento. Nosso portfólio inclui operações em um vasto leque de moedas, passando pelo dólar, euro, yuan e até stablecoins como USDT e USDC, que podem ser utilizadas de forma segura e estratégica tanto por importadores quanto por exportadores.
Seja para aproveitar um acordo bilateral, um tratado com bloco econômico, reduzir custos operacionais ou agilizar pagamentos internacionais, ajudamos você a encontrar a solução cambial mais eficiente para cada negociação.
Excelente análise! A decisão da Chilli Beans mostra como as empresas brasileiras estão começando a se adaptar a uma nova realidade do comércio internacional, mais plural e estratégica. A diversificação cambial, especialmente com o uso do yuan, parece ser um caminho natural para quem busca eficiência, redução de custos e mais autonomia nas negociações. Parabéns pelo conteúdo, muito esclarecedor!