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Problemas no recebimento de ordens do exterior: o que mostram as reclamações e como evitar prejuízos

Nos últimos meses, aumentou de forma consistente o número de consumidores relatando dificuldades para receber ordens de pagamento internacionais no Brasil. O volume de reclamações públicas no Reclame Aqui envolvendo remessas recebidas do exterior expõe um padrão claro: atrasos, bloqueios, pedidos repetidos de documentos e falhas operacionais têm prejudicado usuários de diferentes bancos e instituições financeiras.


Embora cada caso tenha sua particularidade, a análise do conteúdo das reclamações mais recentes (abrangendo até o mês passado) revela comportamentos repetitivos e problemas estruturais no ecossistema de pagamentos internacionais.


A seguir, reunimos os principais problemas, por que eles acontecem e como evitá-los, com base em dados públicos e nas práticas observadas por players de mercado.



Problemas no recebimento de ordens do exterior


Principais problemas relatados por clientes


  1. Atraso prolongado no crédito da ordem internacional


Clientes relatam esperar dias ou até semanas após o remetente confirmar a operação. Em muitos casos, a ordem já consta como “liquidada” no banco emissor, mas não aparece no destino.


Causas recorrentes:


  • lentidão na confirmação manual pelos bancos intermediários;

  • divergência de dados que impede o roteamento correto;

  • retenção da ordem em análise de compliance sem notificação clara ao cliente.


  1. Devolução da ordem por dados incorretos


Muitos clientes relatam que a ordem é devolvida após dias de espera porque um número, nome ou campo estava digitado de forma diferente.


Causas recorrentes:


  • nome do beneficiário diferente do registro bancário;

  • IBAN/SWIFT preenchidos de forma incorreta;

  • ausência de informações exigidas pela instituição brasileira.


  1. Pedido repetido de documentos e comprovações


Mesmo após enviar documentos, o cliente volta a receber novas solicitações, atrasando o recebimento.


Causas recorrentes:


  • análises manuais e não integradas entre setores;

  • falta de padronização dos documentos exigidos;

  • compliance reativo, e não preventivo.


  1. Falhas de comunicação entre os bancos envolvidos


Há casos em que o remetente consegue comprovar que enviou, mas o banco destinatário afirma não localizar a ordem.


Causas recorrentes:


  • falhas na integração entre sistemas SWIFT e bancos digitais;

  • ausência de confirmação automática entre bancos intermediários;

  • dados incompletos no envio, dificultando o rastreio.


Principais falhas estruturais do mercado


Ao analisar as reclamações recentes, é possível identificar falhas comuns entre diferentes instituições:


  • Excesso de fricção documental

Falta de clareza sobre quais documentos são aceitos ou obrigatórios para liberar o recebimento da ordem.


  • Processos internos manuais

Em 2025, muitos bancos ainda dependem de análise manual para operações internacionais, gerando gargalos.


  • Falta de padronização entre bancos emissores, intermediários e receptores

Cada instituição exige um formato e um nível de detalhamento diferente, aumentando erro humano e devoluções.


  • Comunicação deficiente com o cliente

Em muitos casos, o consumidor sequer sabe que a ordem ficou retida em compliance e não recebe um prazo real de solução.


Como reduzir riscos e evitar entraves no recebimento de ordens do exterior


Com base nos padrões observados nas reclamações públicas e nas melhores práticas adotadas por players especializados, o caminho para minimizar problemas envolve:


  1. Conferência minuciosa dos dados da ordem


  • nome igual ao do banco, sem abreviações;

  • IBAN e SWIFT conferidos diretamente no extrato da instituição;

  • endereço completo do beneficiário quando exigido;

  • evitar caracteres especiais ou nomes divergentes entre contas.


  1. Envio antecipado de documentação padrão


  • Clientes costumam agilizar a liberação quando já possuem prontos:

  • comprovantes de origem dos recursos;

  • relação com o remetente;

  • contrato ou invoice, quando aplicável.


  1. Preferir instituições com operação cambial estruturada


Quanto mais madura a operação internacional da instituição, menores os riscos de bloqueios e devoluções por falhas internas.


  1. Rastrear a ordem corretamente


Solicitar ao remetente:

  • o código SWIFT MT103 (ou equivalente);

  • identificação do banco intermediário;

  • data, horário e hash de liquidação quando disponível.


O MT103, em particular, resolve mais de 70% dos casos de “não localização” da ordem.


  1. Comunicação ativa com o banco receptor


Ao receber o código da ordem, enviar imediatamente ao banco no Brasil para conferência, reduzindo o tempo de retenção.


Planejamento evita prejuízo e ansiedade


Os problemas relatados pelos consumidores no recebimento de ordens internacionais mostram que o sistema ainda apresenta falhas operacionais importantes. Entretanto, a maior parte desses entraves pode ser evitada com dados corretos, documentação padronizada e acompanhamento ativo da operação.


Para quem recebe recursos do exterior com frequência seja pessoa física, profissional autônomo ou empresa a chave está em antecipar as etapas críticas, reduzir margem de erro e trabalhar com parceiros que dominam a operação internacional de ponta a ponta.

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