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Consórcios têm recorde mesmo com pandemia


Em meio à pandemia e ao forte processo de digitalização do setor financeiro, um produto antigo e até recentemente subestimado pelos grandes bancos vem batendo recordes históricos: o consórcio. Sem necessidade de dar entrada e com parcelas que cabem no bolso, ele é visto como uma forma de planejamento financeiro e uma possibilidade de investir em um bem sem se descapitalizar, o que tem atraído cada vez mais gente.


Consórcio espera novos ganhos em 2021


Segundo dados da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (Abac), de janeiro a novembro foram vendidas 2,77 milhões de cotas de consórcio, um número recorde e 4,9% acima do registrado no mesmo período de 2019. Em volume financeiro, foram R$ 150,53 bilhões, expansão de 23,4%. Com os novos clientes, o número de consorciados no Brasil chega a 7,71 milhões. O tíquete médio da cota é de R$ 63,78 mil.


Das 2,77 milhões de novas adesões este ano, 1,21 milhão foram de veículos leves (crescimento de 4,3% sobre o mesmo intervalo de 2019); 955,51 mil de motocicletas (alta de 2,3%); 341,44 mil de imóveis (15,2%); 94,95 mil de serviços (48,0%); 101,69 mil de veículos pesados (17,9%); e 69,44 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis (39,3%).


Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac, lembra que o consórcio é uma “jabuticaba” brasileira e que outra forma tradicional e segura de investimento, a poupança, também bateu recorde de captação este ano. “O consórcio é uma poupança com objetivo definido, que dá uma disciplina financeira que muitas aplicações não te conferem”, conta. E é um investimento de longa duração. Em um consórcio de imóveis, por exemplo, o prazo médio é de 213 meses; em veículos, 86 meses.


Em abril, ainda no início da pandemia, o Banco Central baixou a Circular 4009, que permitiu às administradoras de consórcio o pagamento em espécie aos consorciados de maneira imediata, sem que eles tenham de esperar um prazo de 180 dias para o saque em dinheiro após a contemplação, como era antes. Além disso, o prazo para a formação de um grupo de consórcio passou de 90 para até 180 dias, o que dá mais flexibilidade para as administradoras.


Também, no caso da constituição de grupos de consórcio com valores diferenciados, o limite mínimo para o crédito de menor valor passou de 50% para 30% do crédito de maior valor. Nessas situações, o cliente pode pedir a migração de uma cota mais cara para uma mais barata, o que vai diminuir sua parcela e lhe dar um alívio financeiro.


Rossi conta que a demanda por essas medidas extraordinárias do BC - que terminam no fim do ano -- variou muito de instituição para instituição, por depender também do perfil do consumidor, mas que no geral elas são benéficas. “Estamos avaliando internamente e pode ser que a Abac peça ao BC a extensão dessa medidas, porque elas não prejudicam o andamento dos grupos e trazem mais flexibilidade. No momento em que estamos, com outra onda de coronavírus, pode ser que o BC prorrogue por mais tempo”, afirma.


Questionado sobre uma eventual prorrogação das medidas, o BC afirmou que em princípio elas são provisórias, bem como as inseridas em outras normas editadas para o cenário de pandemia, previstas para uso apenas em caráter emergencial. Assim, não há intenção de torná-las permanentes. “A avaliação da efetividade das medidas para enfrentamento da crise decorrente da pandemia é um processo em andamento”, disse.


Para os grandes bancos, essas medidas foram de pouco impacto. Representantes do segmento do Itaú e do Santander, por exemplo, afirmaram que a inciativa do regulador foi acertada e ajudou aqueles clientes que dependiam de liquidez, mas não houve tanta demanda. Danilo Caffaro, diretor de crédito imobiliário e consórcios do Itaú, comenta que o banco esperava uma maior procura, o que não se configurou. Já Vagner Rodrigues, superintendente de consórcios do Santander, afirma que grande parte dos clientes tem um fluxo tranquilo de pagamento das parcelas, não sendo necessário recorrer ao saque em um período menor que 180 dias. “Não foi uma medida que tenha atingido uma massa crítica dos nossos clientes.”


O presidente da BB Consórcios, Fausto de Andrade Ribeiro, acrescenta que o fim da validade da circular não terá grandes impactos no crescimento do setor, tendo em vista que o prazo concedido para o saque dos valores (de abril a dezembro) foi suficiente para que os consorciados que possuíam operações na condição específica pleiteassem o saque dos valores.


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